Título Original: Rashomon
Gênero: Drama/Suspense
Ano: 1950
Diretor: Akira Kurosawa
Sinopse: No Japão, durante o século XI, uma forte tempestade cai, obrigando um lenhador, um sacerdote e um camponês a se refugiarem nas ruínas de pedra do Portão de Rashomon. Enquanto são obrigados a estar na companhia um do outro, o sacerdote conta a história de um julgamento onde cada testemunho contradiz todos os outros.
Por que vale a pena assistir?
A direção é impecável, os enquadramentos são primorosos, as atuações são marcantes, com ênfase nos olhares e tomadas longas de câmera parada que despejam todo o foco nos atores, mas o principal é o roteiro. A narrativa traz flashbacks dentro de um flashback e reconta a mesma história de formas diferentes através do depoimento de cada personagem. Mais focado em gerar questionamentos do que em fornecer respostas, através do julgamento em que o filme gira em torno, simbolicamente, é julgada a própria humanidade. A história ainda é encerrada de forma poética, filosófica e bela.
Torna esse filme extremamente influente o fato dele ter sido inovador em vários aspectos e graças a isso ele resistiu tanto à passagem do tempo. Mesmo 65 anos após seu lançamento, ainda parece atual. Bastante do que foi feito nele é visto até hoje através das obras dos maiores cineastas do ocidente, entre eles Quentin Tarantino, grande explorador de narrativas complexas e não lineares como a de Rashomon.