Meus filmes de guerra preferidos são Platoon e Nascido Para Matar, ambos da década de 80. E ambos feitos de uma forma de se fazer filmes de guerra que mudou no século XXI, especialmente após o sucesso de Guerra ao Terror e as aclamadas sequências de ação de Supremacia Bourne e Ultimato Bourne. Assistindo "Sniper Americano" eu senti, em alguns momentos, a mesma sensação que eu sentia quando estava no quarto do meu primo vendo ele jogar Call of Duty. E essa sensação não foi inédita nem é rara: Cada vez mais se faz filmes que parecem games e games que parecem filmes.
Nos games, conforme o hardware se tornou avançado o bastante para alcançar gráficos próximos à realidade, narrativas cinematográficas passaram a ser cada vez mais utilizadas e hoje se tornou um gênero. E um dos gêneros que mais vendem. Basta ver The Last of Us, o jogo mais bem sucedido dos últimos tempos em críticas, vendas... Em tudo! Sua narrativa é extremamente cinematográfica. É praticamente um filme interativo.
No cinema inúmeros filmes, geralmente os blockbusters de ação, se parecem games. A computação gráfica utilizada em Avatar produziu um filme que é como se James Cameron estivesse jogando video game usando a tela do cinema como TV. Há diversos casos (vide filmes de heróis) onde o roteiro é praticamente dividido em fases, como os jogos, e é possível até mesmo identificar os chefões e o "zeramento" após a luta contra o último chefe.
Jogos que parecem filmes estão entre os que mais vendem, assim como os filmes que parecem jogos estão entre as maiores bilheterias. No entanto, podem me chamar de atrasadão, conservador, reacionário e caretão, mas eu prefiro jogar games e assistir filmes do que jogar filmes e assistir games.
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