Título Original: Blade Runner
Gênero: Ficção Científica
Ano: 1982
Diretor: Ridley Scott
Prêmios: BAFTA (Melhor Fotografia, Melhor Figurino e Melhor Direção de Arte)
Sinopse: Em 2019 um grupo de replicantes Nexus 6, andróides mais evoluídos que os humanos, provoca um motim em uma colônia espacial e se tornam proibidos no Terra. Quando cinco deles chegam à Los Angeles incógnitos, cabe a Richard Deckard, ex Blade Runner (tropa de elite especialidade em caçar andróides) identificar e eliminá-los.
Por que vale a pena assistir?
Blade Runner foi erroneamente vendido por Hollywood como um filme de ação, por consequência disso dividiu a crítica e até hoje é estigmatizado como filme parado e chato. Tremenda injustiça. Sua ênfase não está em perseguição, tiros e explosões e sim em seu enredo que usa o futuro para abordar temas atuais e profundas questões filosóficas, como a busca por si mesmo e a relação/conflito entre homem e máquina. O que de fato é ser um humano é questionado todo o tempo, mas de forma sutil que não subestima a inteligência do espectador. Além disso, se destaca nessa obra o fabuloso trabalho de direção de arte, que não só deu vida a esse futuro distópico cinza, opressivo, noir e cyberpunk, como estabeleceu essa nova estética no cinema de uma forma definitiva. Até é uma das principais fontes onde filmes sombrios de filmes de ficção científica bebem.
Mesmo 23 anos após seu lançamento, Blade Runner ainda merece ser visto e ainda é obrigatório para todo cinéfilo e qualquer pessoa que queira conhecer o gênero. Basta não esperar um filme de ação, aguçar o olhar para ler tudo que é dito além dos diálogos e se deixar levar por essa viagem ao sombrio futuro imaginado por Phillip Dick e realizado por Riddley Scott.